13 de dezembro de 2013

Prémio Pessoa para Maria Manuel Mota


Cientista depois de saber que é a vencedora do Prémio Pessoa 2013
Foto de Alberto Frias


Maria Manuel Mota, cientista de 42 anos, vê o seu trabalho distinguido com a atribuição do Prémio Pessoa 2013, que chega neste ano à 27ª edição.


A investigadora do Instituto de Medicina Molecular (Lisboa) é a vencedora do Prémio Pessoa 2013. A decisão foi hoje anunciada ao final da manhã no Palácio de Seteais, em Sintra, pelo presidente do júri, Francisco Pinto Balsemão.

Maria Manuel Mota, 42 anos, é uma das maiores autoridades mundiais no estudo da malária. Torna-se no mais jovem vencedor do Prémio Pessoa, uma iniciativa conjunta do Expresso e da Caixa Geral de Depósitos.

Na fundamentação da decisão, o júri lembrou que a malária é hoje "uma das causas principais de mortalidade a nível mundial", salientando que o trabalho liderado por Maria Manuel Mota "tem desenvolvido investigação fundamental com vista a esclarecer os mecanismos pelos quais o parasita se desenvolve no hospedeiro humano."Francisco Pinto Balsemão sublinhou que "a compreensão dos processos" estudados pela vencedora do Prémio Pessoa 2013 " é indispensável para o desenvolvimento de estratégias de tratamento e prevenção" da malária , "nomeadamente através da vacinação." Neste ponto o presidente do júri destacou que o trabalho do grupo "recebeu recentemente um financiamento significativo da Fundação Bill & Melinda Gates."


10 de dezembro de 2013

Conta-me histórias… daquilo que eu não li

O Centro de Artes de Sines trouxe à nossa biblioteca o conto “Constantino, guardador de vacas e de sonhos” de Alves Redol, figura maior do neorrealismo português. Esta atividade tem como objetivo a motivação para a leitura desta obra de autor português.
Através da voz magistral de Cristina Fernandes, os alunos da turma CEF, Operador Agrícola, assistiram à audição dos capítulos iniciais da obra, reportando-se para um mundo rural, um mundo onde crianças e adultos trabalham a terra e são constantemente explorados por classes privilegiadas.
Os alunos manifestaram-se bastante agradados e curiosos quanto à continuidade da leitura da obra. 


Prof.ª Augusta Silva





8 de dezembro de 2013

Nelson Mandela






"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo"


Nelson Mandela
18 de julho 1018 - 5 de dezembro 2013


5 de dezembro de 2013

Clube de Leitura

Ainda te podes inscrever! Vem partilhar as tuas leituras!


Olhares de Golgona Anghel sobre Al Berto



A escritora Golgona Anghel esteve na nossa escola, no dia 20 de novembro, para conversar com os alunos do 10.º ano, do 1.º ano do curso profissional e de PLNM, e para partilhar connosco os seus "olhares" sobre o poeta Al Berto. A sala ficou cheia e os alunos adoraram, apesar de terem colocado poucas questões...


4 de dezembro de 2013

"Palestina: uma terra sem gente para uma gente sem terra"

Alguns alunos do 9.º ano e do 12.º C, no âmbito das disciplinas de Educação Visual e de História, respetivamente, participaram, no dia 21 de novembro, na atividade proposta pelo CAS. Acompanhados pelas professoras Vera Gonçalves e Maria José Amaral, os alunos assistiram, primeiro, à explicação dada pelo autor, Nuno Coelho, e depois interagiram diretamene na exposição ao preencherem de cor  os posteres usando lápis colocados para o efeito . 





30 de novembro de 2013

Fernando Pessoa





No dia em que comemoram os 78 anos da morte de Fernando Pessoa, no dia em que se comemoram os 20 anos da Casa Fernando Pessoa e no ano em que se comemoram os 125 anos do seu nascimento, um poema para homenagear o poeta.


Tabacaria

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
( E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos,
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
e quando havia gente era igual á outra.
saio da janela, sento-me numa cadeira. em que hei-de pensar?

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!

(...)

Álvaro de Campos, Poesia



Press Release for World AIDS day


Vem aí o Dia Mundial da Luta Contra a SIDA e a equipa de investigação Aventura Social da Universidade de Lisboa vai divulgar um Press Release com a posição portuguesa dos resultados da investigação nos adolescentes portugueses (em comparação com os outros adolescentes europeus). Trata-se de um estudo com representatividade nacional, inserido numa rede de 43 países, o Health Behaviour in School-aged children / WHO.

Para mais informação: http://www.hbsc.org/

Relatório Internacional 2009/10: http://www.hbsc.org/publications/international/

Site português: http://aventurasocial.com/




24 de novembro de 2013

Recolha de documentos para construção do espólio documental da escola


Se tiver documentos sobre a escola, artigos de jornais, fotografias, guiões de atividades, cartazes.... e se quiser contribuir para a construção do seu espólio documental, pode entregá-los na biblioteca da escola.

A escola agradece!

21 de novembro de 2013

Resultados da atividade "Bibliopaper"



No dia 28 de outubro - dia das bibliotecas escolares -  realizou-se para as turmas do 7.º ano um "Bibliopaper" na biblioteca escolar.

Os vencedores, por turma, da atividade são os seguintes:

7.ºA - grupo constituído por Ana Simão; Ariana Cabral, Beatriz Franco e Miriam Borges

7.ºB - grupo constituído por Mariana Pinela, Marta Ramalho e Vanessa Ferreira

7.ºC - grupo constituído por Andrei Pintea e Íris Lima

Os alunos participantes responderam a um inquérito de satisfação para avaliarem de 1 a 5  a atividade e o resultado  foi o seguinte:



9 de novembro de 2013

Possíveis leituras para preparação da sessão "Olhares sobre Al Berto" com a escritora Golgona Anghel


Estas são as obras publicadas pela nossa convidada. A sessão vai acontecer no dia 20 de novembro, pelas 11 horas.



- Eis‐me acordado muito tempo depois de mim, uma biografia de Al Berto (Quasi Edições, 2006) 




"Eis-me acordado muito tempo depois de mim, de Golgona Anghel, é um livro/biografia que captura a poética e o esplendor da vida/escrita de Al Berto, registos desenvolvidos com vivacidade. São retratos, leituras irónicas honestas, informativas e obtusas, fragmentos do real e do mundo ficcional, retratos para serem apreciados ou devorados feito a escritura do biografado. A biógrafa soube, delicadamente, mapear as várias vidas numa só de Alberto Raposo Pidwell Tavares." (Rodrigo da Costa Araújo)


Cronos decide morrer, Leituras do tempo em Al Berto (Língua Morta, 2013). 


"INSTANTE OU PROCESSO, passagem ou passamento, experiência em negativo do ser, impossibilidade, excepçãp ou hábito, a angústia perante o desconhecido ou a culpa do sobrevivente, temporária ou eterna, grito ou apenas um rumor de fundo, são algumas das caras rotineiras que a cabeça da morte vai ensaiando. Mas de que modo isso se dá na obra de Al Berto?" (Golgona Anghel)


- Edição  dos Diários do poeta Al Berto (Assírio &Alvim, 2012). 

"Editamos textos que não foram preparados para a edição pelo autor. Vamos mostrar o registo diário de algo que servia para um uso pessoal e íntimo. Estamos perante um corpus que se expõe a si mesmo, que se dá no ritmo efervescente da criação mas também na sua fragilidade, na dúvida, no inacabado." (Golgona Anghel)

-  Crematório Sentimental - Guia de Bem-Querer (Quasi Edições, 2007)




"O presente Guia de Bem-Querer deve ser entendido como um instrumento de trabalho elaborado com o objectivo de pemitir às partes apresentar os seus articulados e alegações orais na observância das formalidades que o Código do Trabalho Poético considera mais adequadas. Ao mesmo tempo será dado destaque à prática processual seguida pelo Poeta. Em contrapartida, este Guia não se destina a dar instruções estilísticas nem a substituir o corpo das disposições em vigor. (...) o Guia não garante sucesso absoluto nem se responsabiliza pelas eventuais relações contenciosas a decorrer da aplicação do mesmo."





-  Vim porque me pagavam, (Mariposa Azual, 2011)






VIM PORQUE ME PAGAVAM,
e eu queria comprar o futuro a prestações.

Vim porque me falaram de apanhar cerejas
ou de armas de destruição em massa.
Mas só encontrei cucos e mexericos de feira,
metralhadoras de plástico, coelhinhos de Páscoa e pulseiras
de lata.

(...)


-  Como uma flor de plástico na montra de um talho (Assírio &Alvim,2013)




ENCONTRADO NUM CONTENTOR DE RUA,
sem cavalo e sem reino,
o músico,
quase cego, quase surdo,
começa o seu turno,
ainda perseguido pela última garrafa de tinto.


(...)

___________________________


Golgona Anghel nasceu na Roménia, em 1979, mas vive há anos em Portugal, onde estabeleceu residência. Licenciou‐se (2003) em Estudos Portugueses e Espanhóis na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, é pós-graduada em Estudos Europeus - Direito Comunitário (2004), vertente jurídica, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e doutorada (2009) em Literatura Portuguesa Contemporânea , na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. 
O tema da sua tese foi A Metafísica do Medo - Leituras da Obra de Al Berto.




7 de novembro de 2013

Ondjaki vence Prémio José Saramago


Angolano Ondjaki vence Prémio José Saramago
                foto STEVEN GOVERNO / GLOBAL IMAGENS


O escritor angolano Ondjaki, de 36 anos, com o romance Os transparentes, é o vencedor do Prémio José Saramago 2013.

É a oitava edição do galardão, instituído pela Fundação Círculo de Leitores, que distingue autores com obra editada em língua portuguesa, no último biénio, menores de 35 anos à data de publicação da obra.

«Este prémio não é meu, este prémio é de Angola», refere o escritor.

A obra Os Transparentes foi publicada em 2012 pela Editorial Caminho e, segundo Vasco Graça Moura, surpreende pela «maneira como a sua utilização da língua portuguesa é, não só capaz de captar com a maior naturalidade as mais diversas situações num contexto social tão diferente do nosso, mas comporta em si mesma fermentos de uma inovação que espelha com força e realismo um quotidiano vivido na sua trepidação e também funciona eficazmente ao restituí-lo no plano literário».

Ondjaki, pseudónimo literário de Ndalu de Almeida, publicou o seu primeiro livro, de poesia, actu sanguíneu, em 2000.  

O nome de Ondjaki junta-se agora ao de Paulo José Miranda, José Luís Peixoto, Adriana Lisboa, Gonçalo M Tavares, Valter Hugo Mãe, João Tordo e Andréa del Fuego, que viram também livros seus premiados com este galardão.


Obras:

- Actu Sanguíneu (poesia, 2000)
- Bom Dia Camaradas (romance, 2001)
- Momentos de Aqui (contos, 2001)
- O Assobiador (novela, 2002)
- Há Prendisajens com o Xão (poesia, 2002)
- Ynari: A Menina das Cinco Tranças (infantil, 2004)
- Quantas Madrugadas Tem A Noite (romance, 2004)
- E se Amanhã o Medo (contos, 2005)
- Os da minha rua (contos, 2007)
- AvóDezanove e o segredo do soviético (romance, 2008)
- O leão e o coelho saltitão (infantil, 2008)
- Materiais para confecção de um espanador de tristezas (poesia, 2009)
- Os vivos, o morto e o peixe-frito (ed. brasileira / teatro, 2009)
- O voo do Golfinho (infantil, 2009)
- dentro de mim faz Sul, seguido de Acto sanguíneo (poesia, 2010)
- “a bicicleta que tinha bigodes” (juvenil, 2011)
- Os Transparentes (romance, 2012)
- Uma escuridão bonita (juvenil, Brasil/Portugal, 2013)




6 de novembro de 2013

Sophia no dia do seu aniversário


                                                                       Foto retirada da net

MAR SONORO 

Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim. 
A tua beleza aumenta quando estamos sós 
E tão fundo intimamente a tua voz 
Segue o mais secreto bailar do meu sonho. 
Que momentos há em que suponho 
Seres um milagre criado só para mim. 

Sophia de Mello Breyner Andresen

__________________________________

Sophia de Mello Breyner Andresen nasce a 6 de novembro 1919 no Porto, onde passa a infância. Entre 1936 e 1939 estuda Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. Publica os primeiros versos em 1940, nos Cadernos de Poesia.

Autora de catorze livros de poesia, publicados entre 1944 e 1997, escreve também contos, histórias para crianças, artigos, ensaios e teatro.


Sophia de Mello Breyner Andresen faleceu a 2 de julho de 2004, em Lisboa.



17 de outubro de 2013

Vai acontecer em Sines ... Teatro do Mar




TEATRO DO MAR ESTREIA

"A MAGIA DAS ÁGUAS" de José Facury
Adaptação e Encenação de Julieta Aurora Santos
Teatro para Todos


19 de Outubro, Sábado | 16h00 horas | Pátio das Artes, Sines.

Outras Sessões | "O Teatro vai ao Bairro"

20 de Outubro, Domingo

Bairro da Floresta | 11:00 horas
Bairro 1º de Maio | 16:00 horas

26 de Outubro, Sábado

Jardim das Descobertas | 11:00 horas
Largo do Castelo | 16:00 horas



Vai acontecer no Centro Cultural Emmerico Nunes






"A acção dos poderes nas escalas local e regional" é o tema proposto para este VI Encontro de História, embora exista uma mesa reservada a “tema livre”

À semelhança dos anos anteriores, o VI Encontro de História do Alentejo Litoral, após o espaço de conferências, distribuir-se-á pelas seguintes mesas: Da Pré-História ao Romano, Época Medieval e Moderna, Época Contemporâneo, Património e mesa de Tema Livre.

Como já anteriormente destacámos, os Encontros resultam na publicação de um Livro de Actas onde são publicadas as comunicações apresentadas de forma a preservar, incentivar e dignificar o estudo e a investigação.

Programa em CCEN

Clube de Informática


8 de outubro de 2013

José Saramago recebeu o Prémio Nobel da Literatura há 15 anos


 Carlos Gustavo da Suécia entrega o Prémio a Saramago
Foto "FLT-PICA


A 8 de outubro de 1998, José Saramago (1922-2010) tornou-se o primeiro autor de língua portuguesa a ser galardoado com o Prémio Nobel de Literatura, o qual lhe foi entregue  a 7 de dezembro desse mesmo ano, em Estocolmo, pelo rei Carlos Gustavo da Suécia.

Segundo a Academia Sueca, responsável pela atribuição do Prémio, José Saramago recebe-o por uma obra "…cujas parábolas, respaldadas por imaginação, piedade e ironia, nos permitem apreender de forma contínua uma realidade ilusória".
 
 
José Saramago  deixou uma vasta obra literária, da poesia à prosa, passando pelo conto e pelas obras para teatro:
 
ROMANCE
 
Terra do Pecado (1947),
Manual de Pintura e Caligrafia (1977),
Levantado do Chão (1980),
Memorial do Convento (1982),
O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984),
A Jangada de Pedra (1986),
História do Cerco de Lisboa (1989),
O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991),
Ensaio Sobre a Cegueira (1995),
Todos os Nomes (1997),
A Caverna (2000),
O Homem Duplicado (2002),
Ensaio Sobre a Lucidez (2004),
As Intermitências da Morte (2005),
A Viagem do Elefante (2008),
Caim (2009),
Clarabóia (2011).
 
POESIA
 
Os Poemas Possíveis (1966),
Provavelmente Alegria (1970),
O Ano de 1993 (1975).
 
VIAGENS
 
Viagem a Portugal (1983).
 
PEÇAS TEATRAIS
 
A Noite (1979),
Que Farei com Este Livro? (1980),
A Segunda Vida de Francisco de Assis (1987),
In Nomine Dei (1993),
Don Giovanni ou O Dissoluto Absolvido (2005).
 
CONTOS
 
Objecto Quase (1978),
Poética dos Cinco Sentidos - O Ouvido (1979),
O Conto da Ilha Desconhecida (1997).
 
CRÓNICAS/ENSAIOS
 
A Estátua e a Pedra (1966),  
Deste Mundo e do Outro (1971),
A Bagagem do Viajante (1973),
As Opiniões que o DL Teve (1974),
Os Apontamentos (1977),
Folhas Políticas – 1976-1998 (1999),
Discursos de Estocolmo (1999),
O Caderno (2009)
O Caderno 2 (2010)
Democracia y Universidad (2010)
 
LITERATURA INFANTIL
 
 A Maior Flor do Mundo (2002).
 
DIÁRIO E MEMÓRIAS
 
Cadernos de Lanzarote I (1994),
Cadernos de Lanzarote II (1995),
Cadernos de Lanzarote III (1996),
Cadernos de Lanzarote IV (1997),
Cadernos de Lanzarote V (1998),

As Pequenas Memórias (2006).
 
 
 
 
 
 
 

1 de outubro de 2013

Vai acontecer na livraria A das Artes


Agora, na biblioteca



Sinopse

"Retrata a história de um menino de seis anos chamado Zezé, que pertencia a uma família muito pobre e muito numerosa. Zezé tinha muitos irmãos, a sua mãe trabalhava numa fábrica, o pai estava desempregado, e como tal passavam por muitas dificuldades, pelo que eram as irmãs mais velhas que tomavam conta dos mais novos; por sua vez, Zezé tomava conta do seu irmãozinho mais novo, Luís.

Ao longo da história vão acontecendo vários episódios na vida deste menino, uns mais alegres, outros mais tristes, que nos transmitem uma grande lição de vida e do modo como agir perante diversas situações, pois apesar de ter apenas cinco anos, Zezé já tinha atitudes que qualquer criança comum nunca teria, fazendo-nos então pensar um pouco à cerca de nós mesmos e das nossas atitudes perante determinadas situações."

Agora também já pode ser lida na nossa Biblioteca

 
 
 
 
 "Courrier Internacional é uma revista ambiciosa que tem por objetivo satisfazer um público exigente e informado em busca do que é diferente. Apresenta uma seleção dos melhores textos jornalísticos publicados na Imprensa estrangeira. Contém artigos e reportagens, profusamente ilustrados, que correspondem a um modo muito peculiar de observar a atualidade e de olhar o mundo em que vivemos."
 
 
 
 
 

28 de setembro de 2013

27 de setembro de 2013

BibMenu


           " O que é ISTO?" perguntavam os alunos....




... é mais um meio de DIVULGAÇÃO do que vai acontecer de importante, na nossa biblioteca, mas também na cidade e, por vezes, no país.




24 de setembro de 2013

Um poema de Carlos Queiroz






Biblioteca
 (inédito)


Venho da vida, livros.
(Perdoai-me este humor!)
É como se trouxesse
Outra pele, outra cor. 



O que eu vi, não se conta.
Pode sujar o ar.
Basta o esforço que fiz
De ver e disfarçar!


Foi mais um dia, foi.
E amanhã voltarei.
E como na legenda:
Morto o rei, viva o rei.


Mas por hoje, ahl por hoje,
Lavai-me estas memórias,
Varrei-me estas imagens,
Livros, contai-me histórias!


Avalanches de páginas,
Catadupas de folhas
Desabem sobre mim!
— Oh! mas porque me olhas


Assim, fria brancura
Do papel em que escrevo?
O que tu me perguntas
A contar não me atrevo.


Desabem sobre ti,
Folha branca, as estantes!
Livros, livros e livros
Abertos, como dantes.


A insónia era longa,
A Poesia não vinha...
E eu lia, lia, lia
Até de manhãzinha.


Esta noite, a insónia
É do mesmo tamanho,
Mas é outra a razão;
Venho da vida. — Venho


Assim desfigurado.
(Outra pele, outra cor)
Venho da vida, livros.
— Perdoai-me este humor!



Carlos Queiroz

13 de setembro de 2013

Publicação do Despacho n.º24 483/2002 (2.ª série), de 16 de novembro de 2002


"Atendendo ao exposto, é justa a proposta do conselho executivo da Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Sines, após obtida a concordância da Câmara Municipal, no sentido de atribuir o nome Poeta Al Berto àquele estabelecimento de ensino.

Assim, preenchidos que estão os requisitos e demais formalidades previstos no Decreto-Lei 387/90, de 10 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei 314/97, de 15 de Novembro, determino que a Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Sines passe a denominar-se Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico Poeta Al Berto, Sines. 15 de Outubro de 2002. — O Secretário de Estado da Administração Educativa, Abílio Manuel Pinto Rodrigues de Almeida Morgado" Extracto do Diário da República original (PDF)

Atribuição do nome "Poeta Al Berto" à escola secundária de Sines (23 novembro 2001)

 









12 de setembro de 2013

Vida e Obra



Al Berto, pseudónimo de Alberto Raposo Pidwell Tavares, nasceu em Coimbra em 1948, e passa a sua infância a adolescência em Sines. Exila-se em Bruxelas durante os anos da Guerra Colonial onde prossegue os seus estudos nas Belas Artes. Regressa a Portugal em 1975, após o 25 de Abril.


Em 1970 abandona definitivamente a Pintura, muito embora subsista o interesse pelas Artes Gráficas e pela Fotografia.
Começa a publicar com regularidade nos finais da década de 70: "Mar de Leva" (1976), sete textos dedicados à Vila de Sines; "À Procura do Vento num Jardim d' Agosto" (1977); "Trabalhos do Olhar" (1982); "Salsugem" (1984); "Uma Existência de Papel" (1985).
Todos estes títulos de poesia são reunidos em 1987 sob uma única publicação "O Medo" que lhe granjeou o Prémio PEN-Clube de Poesia. Em 1988 envereda pela prosa com "Lunário" e, mais tarde, em 1993, publica "O Anjo Mudo".
Em 1991, "A Secreta Vida das Imagens", inspira-se na obra de artistas clássicos e contemporâneos, nacionais e estrangeiros: Giotto, Van Gogh, Chagall, Andy Warhol, Mário Cesariny, Cabrita Reis, Ilda David. Em 1995, publica o seu mais recente livro de poesia, "Luminoso Afogado".

O reconhecimento público da sua vasta obra culminou em 1992 com a atribuição por parte de Sua Excelência o Presidente da República do grau Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, no dia 10 de Junho, Dia de Portugal e das Comunidades.
Exerceu ainda funções de Animador Cultural da Câmara Municipal de Sines e Director do Centro Cultural Emmerico Nunes.
Foi convidado por várias vezes para representar oficialmente Portugal em manifestações de divulgação da Cultura Portuguesa: Belles Etrangères, Europe à livre ouvert, Le Portugal à Bordeaux, em França, e Europália 91, na Bélgica.

Foi-lhe concedida Medalha de Mérito Municipal, em 1995, não só pelo trabalho de inovação prestado à Cultura Portuguesa mas, também, à nossa terra (Sines), pelo superior desempenho de um nosso conterrâneo numa área cujo sucesso e notoriedade são demasiadas vezes glórias póstumas de um futurismo incompreendido.
O Poeta leu excertos da sua obra poética na altura da entrega da medalha.

Publica o seu último livro "Horto de Incêndios" em Março de 1997.

Faleceu em Lisboa a 13 de Junho de 1997.

GIRP / C.M.S. Obra: Poesia À Procura do Vento num Jardim d'Agosto. Lisboa: 1977. Meu Fruto de Morder, Todas as Horas. Lisboa: 1980. Trabalhos do Olhar. Lisboa: Contexto, 1982. O Último Habitante. Lisboa, 1983. Salsugem. Lisboa: Contexto, 1984. A Seguir o Deserto. Lisboa: & etc., 1984. Três Cartas da Memória das Índias. Lisboa: 1985. Uma Existência de Papel. Porto: Gota d'Água, 1985. O Medo (Trabalho Poético 1974-1986). Lisboa: Contexto, 1987. O Livro dos Regressos. Lisboa: Frenesi, 1989. A Secreta Vida das Imagens. Lisboa: Contexto, 1991. Canto do Amigo Morto. Lisboa: 1991. O Medo (Trabalho Poético 1974-1990). Lisboa: Contexto, 1991. Luminoso Afogado. Lisboa: Salamandra / Casa Fernando Pessoa, 1995. Horto de Incêndio. Lisboa: Assírio & Alvim, 1997. O Medo. Lisboa: Assírio & Alvim, 1998. Prosa Lunário. Lisboa: Contexto, 1988. O Anjo Mudo. Lisboa: Contexto, 1993. Diários

Diários. Lisboa. Assírio & Alvim, 2012 (edição e apresentação Golgona Anghel)

Traduções: Castelhano Doce señales. Trad. Adolfo Navas. Madrid: Cuaderno de Poesía Portuguesa, 1989. Una Existencia de Papel. Trad. Ángel Campos Pámpano. Valencia: Pre-Textos, 1993. La secreta vida de las imágenes. Trad. José Luis Puerto, Amarú Ediciones, 1997. Francês Voyage d'un Portugais avec un stylo en Cévennes. (Viagem de um Português com uma Caneta nas Cévennes). In Les itinéraires littéraires en Corèze. Ed. Jacques Brémond, 1989. Chant de l'ami mort /Canto do Amigo Morto (ed. bil.). Lisboa: Europália, 1991. La peur et les signes (anthologie). Trad. Michel Chandeigne. Bordeaux: L'Escampette, 1993. La secrete vie des images. Trad. Jean-Pierre Leger. Bordeaux: L'Escampette, 1996. Inglês (A Secreta Vida das Imagens). Trad. Richard Zenith. Dublin: Mermaid Turbulence, 1997 Italiano Lavori dello sguardo. Trad. Carlo Vittorio Cattaneo. Roma: Florida, 1985.