Estas são as obras publicadas pela nossa convidada. A sessão vai acontecer no dia 20 de novembro, pelas 11 horas.
- Eis‐me acordado muito tempo depois de mim, uma biografia de Al Berto (Quasi Edições, 2006)
"Eis-me acordado muito tempo depois de mim, de Golgona Anghel, é um livro/biografia que captura a poética e o esplendor da vida/escrita de Al Berto, registos desenvolvidos com vivacidade. São retratos, leituras irónicas honestas, informativas e obtusas, fragmentos do real e do mundo ficcional, retratos para serem apreciados ou devorados feito a escritura do biografado. A biógrafa soube, delicadamente, mapear as várias vidas numa só de Alberto Raposo Pidwell Tavares." (Rodrigo da Costa Araújo)
- Cronos decide morrer, Leituras do tempo em Al Berto (Língua Morta, 2013).
"INSTANTE OU PROCESSO, passagem ou passamento, experiência em negativo do ser, impossibilidade, excepçãp ou hábito, a angústia perante o desconhecido ou a culpa do sobrevivente, temporária ou eterna, grito ou apenas um rumor de fundo, são algumas das caras rotineiras que a cabeça da morte vai ensaiando. Mas de que modo isso se dá na obra de Al Berto?" (Golgona Anghel)
- Edição dos Diários do poeta Al Berto (Assírio &Alvim, 2012).
- Crematório Sentimental - Guia de Bem-Querer (Quasi Edições, 2007)
"O presente Guia de Bem-Querer deve ser entendido como um instrumento de trabalho elaborado com o objectivo de pemitir às partes apresentar os seus articulados e alegações orais na observância das formalidades que o Código do Trabalho Poético considera mais adequadas. Ao mesmo tempo será dado destaque à prática processual seguida pelo Poeta. Em contrapartida, este Guia não se destina a dar instruções estilísticas nem a substituir o corpo das disposições em vigor. (...) o Guia não garante sucesso absoluto nem se responsabiliza pelas eventuais relações contenciosas a decorrer da aplicação do mesmo."
- Vim porque me pagavam, (Mariposa Azual, 2011)
VIM PORQUE ME PAGAVAM,
e eu queria comprar o futuro a prestações.
Vim porque me falaram de apanhar cerejas
ou de armas de destruição em massa.
Mas só encontrei cucos e mexericos de feira,
metralhadoras de plástico, coelhinhos de Páscoa e pulseiras
de lata.
(...)
- Como uma flor de plástico na montra de um talho (Assírio &Alvim,2013)
ENCONTRADO NUM CONTENTOR DE RUA,
sem cavalo e sem reino,
o músico,
quase cego, quase surdo,
começa o seu turno,
ainda perseguido pela última garrafa de tinto.
(...)
___________________________
Golgona Anghel nasceu na Roménia, em 1979, mas vive há anos em Portugal, onde estabeleceu residência. Licenciou‐se (2003) em Estudos Portugueses e Espanhóis na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, é pós-graduada em Estudos Europeus - Direito Comunitário (2004), vertente jurídica, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e doutorada (2009) em Literatura Portuguesa Contemporânea , na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
O tema da sua tese foi A Metafísica do Medo - Leituras da Obra de Al Berto.
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