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23 de fevereiro de 2011

Testemunhos Deslumbrantes de Leitura

Esta atividade pretende promover a leitura, apresentando regularmente livros sugestivos de leitura orientada e autónoma.

O nosso objetivo consiste não só na dinamização do LIVRO como numa interação do leitor com a obra, descrevendo as sensações despertadas, elaborando um comentário sobre os aspectos que, na sua perspetiva, são mais interessantes.

Atividade 1:
Após a leitura do livro o leitor pode:
- fazer um comentário pessoal global sobre a obra
- citar uma passagem ou frase da obra que apreciou
- descrever a personagem que mais gostou

 Atividade 2:
Se preferir, pode sugerir um livro que tenha lido e gostado fazendo uma apreciação do mesmo.
                          
Sugestões:

Plano Nacional de Leitura

1. O Rapaz do pijama às riscas - Livro recomendado para os 7º, 8º e 9º anos de escolaridade, destinado a leitura autónoma.


Ao regressar da escola um dia, Bruno constata que as suas coisas estão a ser empacotadas. O seu pai tinha sido promovido no trabalho e toda a família tem de deixar a luxuosa casa onde vivia e mudar-se para outra cidade, onde Bruno não encontra ninguém com quem brincar nem nada para fazer. Pior do que isso, a nova casa é delimitada por uma vedação de arame que se estende a perder de vista e que o isola das pessoas que ele consegue ver, através da janela, do outro lado da vedação, as quais, curiosamente, usam todas um pijama às riscas. Como Bruno adora fazer explorações, certo dia, desobedecendo às ordens expressas do pai, resolve investigar até onde vai a vedação. É então que encontra um rapazinho mais ou menos da sua idade, vestido com o pijama às riscas que ele já tinha observado, e que em breve se torna o seu melhor amigo.

Este livro diz-nos que a amizade poderá surgir apesar de todas as adversidades e permanecer para sempre...


 

13 de abril de 2010

José Cardoso Pires

Estudante na Faculdade de Ciências de Lisboa, trocou as matemáticas superiores pela marinha mercante. Fez parte do primeiro grupo surrealista (1947). Foi director literário de editoras em Lisboa e director-adjunto do Diário de Lisboa (1974-1975). Estreou em 1949 com Os Caminheiros e Outros Contos. Pelo romance Hóspede de Job (1964) recebeu o Prémio Camilo Castelo Branco. Dentro do neo-realismo, retomou a tradição da sátira setecentista. Outros romances: O Delfim (1968), Dinossauro Excelentíssimo (1972), Balada da Praia dos Cães (1982, Prémio da Associação Portuguesa de Escritores), Alexandra Alpha (1987) e República dos Corvos (1988). Escreveu para o teatro O Render dos Heróis (1960) e Corpo-Delito na Sala dos Espelhos (1979). Publicou ainda a colectânea de ensaios A Cartilha de Marialva (1960) e o volume de crónicas E Agora José? (1978). Em 1991, foi-lhe atribuído o Prémio União Latina de Literatura pelo conjunto de sua obra e, em 1997, o Prémio Pessoa. Em 1997, publicou ainda De Profundos, Valsa Lenta (Prémio D. Dinis) e Lisboa, Livro de Bordo.



A Vida

José Cardoso Pires teve uma vida cheia. Por entre as malhas da ditadura, teceu a sua própria escolha de vida em volta da escrita, não deixando fugir oportunidades como a publicidade, ou sonhos efémeros como o jornalismo. Apesar de "beirão", afirma-se mais lisboeta que muitos alfacinhas de nascimento, sentindo a cidade capital de um forma ímpar, visão aliás bem explícita no seu último livro, um "Livro de bordo" para quem quiser navegar ao vento das suas palavras. Foi em Lisboa, rua acima, rua abaixo, que conheceu personagens ímpares da cultura portuguesa como Alexandre O'Neill ou Mário de Cesariny.


BIBLIOGRAFIA


Activa

Os Caminheiros e Outros Contos (1949).

Histórias de Amor (1952).

O Anjo Ancorado (1958).

O Render dos Heróis (1960).

Cartilha do Marialva (1960).

Jogos de Azar (1963).

O Hóspede de Job (1963).

O Delfim (1968).

Dinossauro Excelentíssimo (1972).

E agora, José? (1977).

O Burro-em-Pé (1979).

Corpo-Delito na Sala de Espelhos (1980).

Balada da Praia dos Cães (1982).

Alexandra Alpha (1987).

A República dos Corvos (1988).

A cavalo no Diabo (1994).

De profundis, Valsa Lenta (1997).

Lisboa – Livro de Bordo (1997).

24 de março de 2010

FERNANDO PESSOA

Nome completo: Fernando António Nogueira de Seabra Pessoa.

Idade e naturalidade: Nasceu em Lisboa, freguesia dos Mártires, no prédio n.º 4 do Largo de S. Carlos (hoje do Directório) em 13 de Junho de 1888.

Filiação: Filho legítimo de Joaquim de Seabra Pessoa e de D. Maria Madalena Pinheiro Nogueira. Neto paterno do general Joaquim António de Araújo Pessoa, combatente das campanhas liberais, e de D. Dionísia Seabra; neto materno do conselheiro Luís António Nogueira, jurisconsulto e Director-Geral do Ministério do Reino, e de D. Madalena Xavier Pinheiro. Ascendência geral: misto de fidalgos e judeus.

Estado civil: Solteiro.

Profissão: A designação mais própria será "tradutor", a mais exata a de "correspondente estrangeiro" em casas comerciais. O ser poeta e escritor não constitui profissão, mas vocação.

Morada: Rua Coelho da Rocha, 16, 1º. Dto. Lisboa. (Endereço postal - Caixa Postal 147, Lisboa).

Funções sociais que tem desempenhado: Se por isso se entende cargos públicos, ou funções de destaque, nenhumas.

Obras que tem publicado: A obra está essencialmente dispersa, por enquanto, por várias revistas e publicações ocasionais. É o seguinte o que, de livros ou folhetos, considera como válido: "35 Sonnets" (em inglês), 1918; "English Poems I-II" e "English Poems III" (em inglês também), 1922; livro "Mensagem", 1934, premiado pelo "Secretariado de Propaganda Nacional" na categoria Poema". O folheto "O Interregno", publicado em 1928 e constituído por uma defesa da Ditadura Militar em Portugal, deve ser considerado como não existente. Há que rever tudo isso e talvez que repudiar muito.

Educação: Em virtude de, falecido seu pai em 1893, sua mãe ter casado, em 1895, em segundas núpcias, com o Comandante João Miguel Rosa, Cônsul de Portugal em Durban, Natal, foi ali educado. Ganhou o prémio Rainha Vitória de estilo inglês na Universidade do Cabo da Boa Esperança em 1903, no exame de admissão, aos 15 anos.

Ideologia Política: Considera que o sistema monárquico seria o mais próprio para uma nação organicamente imperial como é Portugal. Considera, ao mesmo tempo, a Monarquia completamente inviável em Portugal. Por isso, a haver um plebiscito entre regimes, votaria, embora com pena, pela República. Conservador do estilo inglês, isto é, liberal dentro do conservantismo, e absolutamente anti-reaccionário.

Posição religiosa: Cristão gnóstico e portanto inteiramente oposto a todas as igrejas organizadas e, sobretudo, à Igreja de Roma. Fiel, por motivos que mais adiante estão implícitos, à Tradição Secreta do Cristianismo, que tem íntimas relações com a Tradição Secreta em Israel (a Santa Kabbalah) e com a essência oculta da Maçonaria.

Posição iniciática: Iniciado, por comunicação directa de Mestre a Discípulo, nos três graus menores da (aparentemente extinta) Ordem Templária de Portugal.

Posição patriótica: Partidário de um nacionalismo místico, de onde seja abolida toda a infiltração católico-romana, criando-se, se possível for, um sebastianismo novo que a substitua espiritualmente, se é que no catolicismo português houve alguma vez espiritualidade. Nacionalista que se guia por este lema: "Tudo pela Humanidade; nada contra a Nação".

Posição social: Anticomunista e anti-socialista. O mais deduz-se do que vai dito acima.

Resumo de estas últimas considerações: Ter sempre na memória o mártir Jacques de Molay, Grão-Mestre dos Templários, e combater, sempre e em toda a parte, os seus três assassinos - a Ignorância, o Fanatismo e a Tirania.

Lisboa, 30 de Março de 1935 [em várias edições está 1933, por lapso]

Fernando Pessoa [assinatura autógrafa]

OBRAS DO AUTOR
 
 
 
 
 



2 de fevereiro de 2010

LUÍS DE STTAU MONTEIRO

Luís Infante de Lacerda Sttau Monteiro (Lisboa, 3 de Abril de 1926 - Lisboa, 23 de Julho de 1993) foi um escritor português.
Licenciou-se em Direito, que exerceu por um curto período de tempo, dedicando-se depois ao jornalismo. A sua estadia em Inglaterra, durante a juventude, pô-lo em contacto com alguns movimentos de vanguarda da literatura anglo-saxónica. Na sua obra narrativa retrata ironicamente certos estratos da burguesia lisboeta e aspectos da sociedade portuguesa sua contemporânea.
Estreou-se, em 1960, com Um Homem não Chora, a que se seguiu Angústia Para o Jantar (1961), obra que revela alguma influência de escritores ingleses da geração dos angry young men, que o consagrou, e E Se For Rapariga Chama-se Custódia (1966). Destacou-se, sobretudo, como dramaturgo, nomeadamente com Felizmente há Luar! (1961), peça que, sob influência do teatro de Brecht e recuperando acontecimentos da anterior história portuguesa, procurava fazer uma denúncia da situação sua contemporânea.

Obras

Ficção
• 1960 - Um Homem não Chora


• 1961 - Angústia para o Jantar

• 1966 - E se for Rapariga Chama-se Custódia

Teatro
• 1961 - Felizmente há Luar!


• 1963 - Todos os Anos, pela Primavera

• 1965 - O Barão (1965, adaptação teatral da novela de Branquinho da Fonseca)

• 1966 - Auto da Barca do Motor fora da Borda

• 1967 - A Guerra Santa

• 1967 - A Estátua

• 1968 - As Mãos de Abraão Zacut

• 1971 - Sua Excelência

• 1979 - Crónica Atribulada do Esperançoso Fagundes

22 de janeiro de 2010

Ana Maria Magalhães

Ana Maria Magalhães nasceu em Lisboa a 14 de Abril de 1946, no seio de uma enorme família onde as crianças ocupavam o primeiro lugar. A casa albergava pais, avós, uma tia viúva, notável contadora de histórias. Ali eram recebidas também com frequência os muitos tios e primos, que se instalavam para passar temporadas quando vinham do Porto, da Régua, de Moncorvo, trazendo consigo outras posturas, outras histórias, uma linguagem diferente com outras expressões, outras sonoridades. A infância e juventude decorreram portanto num ambiente alegre, caloroso, rico de experiências humanas.
Foi aluna do Colégio Sagrado Coração de Maria, onde concluiu o ensino secundário. Licenciou-se em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo acumulado, durante os três primeiros anos, com a frequência do Curso Superior de Psicologia Aplicada no ISPA. O casamento, aos 21 anos, obrigaria a uma opção. Ainda estudante, começou a trabalhar no Cambridge School e depois no Gabinete de Estudos dos Serviços de Apoio à Juventude (FAOJ) do Ministério da Educação.

Iniciou a actividade docente como professora de História de Portugal do 2.º ciclo no ano lectivo de 1969/1970 no Liceu António Enes em Lourenço Marques, Moçambique.

O contacto próximo com crianças africanas, indianas, chinesas e portuguesas foi tão motivante que, de regresso a Lisboa, decidiu enveredar definitivamente pela carreira docente. Encontrou colocação na Escola Preparatória de Salvaterra de Magos, onde teve oportunidade de conhecer o meio rural, experiência muito gratificante, apesar das dificuldades inerentes ao facto de trabalhar longe de casa tendo dois filhos pequenos.

No ano lectivo de 1976/1977 fez estágio pedagógico do 1.º grupo na Escola Preparatória Fernando Pessoa, em Lisboa. Entre 1980 e 1982 desempenhou funções na Formação de Professores de História (delegada com profissionalização em exercício). Em 1982 foi convidada para Técnica do Serviço de Ensino de Português no Estrangeiro. Nessa qualidade preparou e apresentou cursos de formação de professores, visitou escolas em vários países da Europa e nos Estados Unidos da América, participou em seminários do Conselho da Europa em Portugal e no Estrangeiro.

O ministro da Educação chamou-a para integrar a equipa que se ocupou da Reforma do Sistema Educativo entre 1989 e 1991. Desempenhou funções de coordenadora de reforma curricular do 2.º ciclo. Nos dois anos seguintes dedicou-se a um estudo sobre os jovens e a leitura no âmbito do Instituto de Inovação Educacional.

Em 1994 aceitou o convite da Expo’98 para dirigir o Jornal do Gil. Em 1997 foi destacada para o gabinete do Ministro da Educação a fim de estabelecer a ligação pedagógica entre o Pavilhão de Portugal da Expo’98 e as escolas.

A par desta intensa actividade no domínio da educação, estreou-se como escritora de livros infanto-juvenis em parceria com Isabel Alçada em 1982.

Os seus livros, que marcaram uma viragem na história da literatura infantil portuguesa, reflectem a longa e rica experiência educativa, são eco de uma infância e juventude particularmente felizes e traduzem o seu enorme talento para comunicar com os mais novos.

Autobiografia (publicada na edição de 31 de Agosto do Jornal de Letras)

Obras publicadas na Caminho
Rãs, Príncipes e Feiticeiros

– oito histórias dos oito países que falam português
(1.ª edição, 2009; 1..ª edição, 2009)
Com ilustrações a cores de Danuta Wojciechowska

Uma Aventura na Amazónia

(1.ª edição, 20092009)
Com ilustrações a preto e branco de Arlindo Fagundes


Três Fábulas
(1.ª edição, 20072007) Com ilustrações a cores de Danuta Wojciechowska

História de Portugal – Portugal no Século das Luzes
(1.ª edição, 2008)
Com ilustrações a Cores de Carlos Marques

Uma Aventura no Alto Mar
(1.ª edição, 2008)
«Uma Aventura», n.º 50
Com ilustrações a preto e branco de Arlindo Fagundes