29 de fevereiro de 2016

Reutilizar Manuais Escolares



No âmbito da atividade "Reutilizar Manuais Escolares", a biblioteca escolar recolhe livros escolares usados. 

Os manuais adotados na escola ficam na biblioteca para empréstimo aos alunos.
Os manuais antigos e não adotados são entregues a associações/campanhas de solidariedade. Este ano optámos pela campanha "Papel por alimentos" do Banco Alimentar. 
A primeira remessa já foi entregue como se pode ver nas fotografias. 

Participa na campanha de recolha de manuais escolares usados. Entrega os teus na Biblioteca Escolar. 









Dia da Internet Mais Segura



No dia 9 de fevereiro, comemorou-se o Dia da Internet Mais Segura. Anteriormente, e em contexto de sala de aula, sob orientação do professor de TIC, os alunos das três turmas do 8.º ano, produziram, cartazes e/ou folhetos utilizando o  Publisher

A Biblioteca Escolar (BE), em articulação com o professor da disciplina, selecionou alguns folhetos para publicação no blogue e selecionou imagens para a produção do powerpoint - "Pensar antes de publicar".
No dia 11 e 14 de fevereiro, as turmas do 8.º ano deslocaram-se com o professor de TIC  à BE  para visualizarem, três pequenos filmes alusivos à temática e uma apresentação em powerpoint com dez situações de alertas. Foi-lhes pedido que, em grelha própria (aqui) comentassem as imagens referentes às nove situações. À medida que as situações iam sendo apresentadas, os alunos trocavam opiniões entre si e tiravam dúvidas com o professor.

Foram aulas diferentes e mais dinâmicas, todos os alunos se envolveram nas discussões e na resolução das atividades propostas. 

Alguns exemplos de comentários redigidos pelos alunos em grupos de 2 ou 3:

Situação 1:
"Segundo a imagem, antes de publicarmos algo, devemos pensar muito bem no que vamos escrever ou publicar..."
" Temos de pensar antes de publicar, pois temos de ter em mente que as pessoas irão ver a nossa publicação."

Situação 2:
"Não devemos confiar em pessoas que não conhecemos pessoalmente."
"Não devemos marcar encontros, nem partilhar nada sem saber quem é verdadeiramente a outra pessoa."

Situação 3:
"Não devemos acreditar em tudo o que nos é dito na internet."
"Nem tudo o que está nas redes sociais é real."

Situação 4:
"Não deves dar os teus dados pessoais , sem confirmares se é fiáve.l"
"Não podemos dar os nossos dados pessoais  pois podem ser causa de phishing."
"O perigo de usar contas de bancos e preenchimento de formulários na internet."

Situação 5:
"Não devemos dar nem por informações na internet sobre terceiros."
"Existem regras na internet. Se queres ser respeitado, deves também respeitar os outros."

Situação 6:
"Ciberbullying consiste em humilhar, criticar, expor os outros fazendo-os sentir mal".
"Não se deve fazer ciberbullying porque cada um tem o direito de ser como é."
"Não devemos fazer ciberbullying e se o sofrermos, devemos falar com um adulto de confiança."

Situação 7:
"As redes sociais afastam as pessoas, pois em vez de comunicarem pessoalmente, comunicam pelas redes socias, assim perdendo o afeto."
"Não deixes que as redes sociais te afastem das pessoas."

Situação 8:
"As informações pessoais colocadas na internet podem ser utilizadas por outras pessoas para causar mal."
"Não deves colocar fotos íntimas e vídeos nas redes sociais."
"Os pais das crianças publicam fotos e informações dos seus filhos sem ter noção de quem as vê."

Situação 9:
"Não entres em sites não seguros."
"Não devemos abrir mensagens, emails que não conhecemos."

Situação 10:
"Nunca divulgues a tua localização, nem se sais dela."
"Partilhar informações pessoais pode ter consequências negativas."
"A Ana está a dizer, a possíveis assaltantes que a sua casa vai ficar sem ninguém. Má ideia."








21 de fevereiro de 2016

Lamento para a língua portuguesa





não és mais do que as outras, mas és nossa,
e crescemos em ti. nem se imagina
que alguma vez uma outra língua possa
pôr-te incolor, ou inodora, insossa,
ser remédio brutal, mera aspirina,
ou tirar-nos de vez de alguma fossa,
ou dar-nos vida nova e repentina.
mas é o teu país que te destroça,
o teu próprio país quer-te esquecer
e a sua condição te contamina
e no seu dia a dia te assassina.
mostras por ti o que lhe vais fazer:
vai-se por cá mingando e desistindo,
e desde ti nos deitas a perder
e fazes com que fuja o teu poder
enquanto o mundo vai de nós fugindo:
ruiu a casa que és do nosso ser
e este anda por isso desavindo
connosco, no sentir e no entender,
mas sem que a desavença nos importe
nós já falamos nem sequer fingindo
que só ruínas vamos repetindo.
talvez seja o processo ou o desnorte
que mostra como é realidade
a relação da língua com a morte,
o nó que faz com ela e que entrecorte
a corrente da vida na cidade.
mais valia que fossem de outra sorte
em cada um a força da vontade
e tão filosofais melancolias
nessa escusada busca da verdade
e que a ti nos prendesse melhor grade.
bem que ao longo do tempo ensurdecias,
nublando-se entre nós os teus cristais,
e entre gentes remotas descobrias
o que não eram notas tropicais
mas coisas tuas que não tinhas mais,
perdidas no enredar das nossas vias
por desvairados, lúgubres sinais,
mísera sorte, estranha condição,
em que, por nos perdermos, te perdias.
neste turvo presente tu te esvais,
por ser combate de armas desiguais.
matam-te a casa, a escola, a profissão,
a técnica, a ciência, a propaganda,
o discurso político, a paixão
de estranhas novidades, a ciranda
da violência alvar que não abranda
entre rádios, jornais, televisão.
e toda a gente o diz, mesmo essa que anda
por tempos de ignomínia mais feliz
e o repete por luxo e não comanda,
com o bafo de hienas dos covis,
mais que uma vela vã nos ventos panda
cheia do podre cheiro a que tresanda.
foste memória, música e matriz
de um áspero combate: apreender
e dominar o mundo e as mais subtis
equações em que é igual a xis
qualquer das dimensões do conhecer,
dizer de amor e morte, e a quem quis
e soube utilizar-te, do viver,
do mais simples viver quotidiano,
de ilusões e silêncios, desengano,
sombras e luz, risadas e prazer

e dor e sofrimento, e de ano a ano,
passarem aves, ceifas, estações,
o trabalho, o sossego, o tempo insano
do sobressalto a vir a todo o pano,
e bonanças também e tais razões
que no mundo costumam suceder
e deslumbram na só variedade
de seu modo, lugar e qualidade,
e coisas certas, inexactidões,
venturas, infortúnios, cativeiros,
e paisagens e luas e monções,
e os caminhos da terra a percorrer,
e arados, atrelagens e veleiros,
pedacinhos de conchas, verde jade,
doces luminescências e luzeiros,
que podias dizer e desdizer
no teu corpo de tempo e liberdade.
agora que és refugo e cicatriz
esperança nenhuma hás-de manter:
o teu próprio domínio foi proscrito,
laje de lousa gasta em que algum giz
se esborratou informe em borrões vis.
de assim acontecer, ficou-te o mito
de seres de vastos, vários e distantes
mundos que serves mal nos degradantes
modos de nós contigo. nem o grito
da vida e do poema são bastantes,
por ser devido a um outro e duro atrito
que tu partiste até as próprias jantes
nos estradões da história: estava escrito
que iam desconjuntar-te os teus falantes
na terra em que nasceste. eu acredito
que te fizeram avaria grossa.
não rodarás nas rotas como dantes,
quer murmures, escrevas, fales, cantes,
mas apesar de tudo ainda és nossa,
e crescemos em ti. nem imaginas
que alguma vez uma outra língua possa
pôr-te incolor, ou inodora, insossa,
ser remédio brutal, vãs aspirinas,
ou tirar-nos de vez de alguma fossa,
ou dar-nos vidas novas repentinas.
enredada em vilezas, ódios, troça,
no teu próprio país te contaminas
e é dele essa miséria que te roça.
mas com o que te resta me iluminas.


Vasco Graça Moura (1942-2014)


Dia Internacional da Língua Materna


            

16 de fevereiro de 2016

Vencedor no Concurso Liberdade de Expressão e Redes Sociais 2015



Concurso Liberdade de Expressão e Redes Sociais 2015
SIC Esperança e Rede de Bibliotecas Escolares
1.º lugar na categoria Ensino Secundário


Título: Não alinhes
Autores: Jéssica Silva, Pedro Rodrigues, Paulo Guimarães, Cátia Cunha, Helena Rocha
Professor responsável: Pedro Ferreira, Dalila Durães
Escola Secundária de Caldas das Taipas, 2015  





14 de fevereiro de 2016

Dia de S. Valentim





Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

...
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas).



21-10-1935
Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Ática, 1944 (imp. 1993).
1ª publ. in Acção, nº41. Lisboa: 6-3-1937.



4 de fevereiro de 2016

The Present - Filme de animação









The Present conta a história de um rapaz, agarrado aos videojogos, que recebe como presente um cachorrinho que não tem uma perna. Primeiro, os dois não se entendem, com o miúdo a rejeitar o pequeno animal pela sua deficiência física. The Present é baseado numa pequena tira cómica do brasileiro Fabio Coala e é o segundo trabalho de sucesso de Jacob Frey, em colaboração com a sua colega Anna Matacz. Juntos, criaram em 2009 uma curta intitulada Bob, que percorreu mais de 250 festivais de cinema em todo o mundo