3 de dezembro de 2023

Resgatar Coragem !


Dia Internacional da Pessoa com Deficiência | 3 Dezembro
Dia Internacional do Voluntariado | 5 Dezembro
Dia Internacional dos Direitos Humanos | 10 Dezembro

3 datas importantes que vão ser assinaladas na ESPAB. A biblioteca escolar em articulação com as disciplinas de Português e Cidadania e Desenvolvimento vai desenvolver algumas atividades com os alunos do 7.º ano e de Educação Especial.
No dia 5 contaremos com a presença de Cláudio Duarte, bombeiro e voluntário, que acompanhado do seu cão, Lobo, nos falará da sua experiência.


   


22 de novembro de 2023

Um Filme, Uma Comunidade - Votação



No seguimento, da tertúlia literária sob o tema “Livros que viraram filmes”, vamos realizar uma sessão de cinema, na biblioteca escolar.


Aceda ao link do formulário e escolha o filme e a data.

https://forms.gle/s1dxWA4HFLaFJfB59




15 de novembro de 2023

Olhares sobre Al Berto - Escrita criativa

 

Um Livro, Uma Comunidade - Olhares sobre Al Berto

Aproxima-se a segunda Tertúlia literária deste ano letivo. Para esta sessão, a realizar no dia 22 de novembro, o autor selecionado é o nosso patrono.
Este ano, escolhemos para leitura/conversa a sua obra: Uma existência de papel (in O Medo).

Propomos, neste ano, com caráter voluntário, aliar a tertúlia (a nossa leitura) à escrita criativa. Para quem queira participar neste desafio, as explicações serão apresentadas numa publicação posterior - Olhares sobre Al Berto - escrita criativa

Durante a tertúlia, haverá conversa sobre Al Berto, leitura de alguns poemas, leitura de algumas cartas (desafio), sugestão de novas leituras.

Contamos com a vossa participação!



Feira do Livro


No dia 20, iniciamos a Semana da Escola com uma Feira do Livro que decorrerá até ao dia 30. Venham visitar-nos. O convite é alargado a toda a comunidade educativa. 



14 de novembro de 2023

Olhares sobre Al Berto

Aproxima-se mais uma edição de Olhares sobre Al Berto.

No dia 20 damos início às atividades que integram a Semana da Escola e por inerência a celebração do Dia do Patrono, a 23 de novembro.

Iniciamos a semana com uma Feira do Livro que decorrerá até ao dia 30. Venham visitar-nos. O convite é alargado a toda a comunidade educativa

Convidamos-vos, também, para que no dia 23 participem na atividade "Leitura em voz alta", nas salas de aula, de 1 ou 2 poemas do livro "Uma existência de papel". Podem projetar o(s) poema(s) e pedir a um ou vários alunos que o(s) leiam.
A quem aceitar a proposta, solicitamos que nos enviem uma foto para integrar a retrospetiva da atividade.

"Uma existência de papel" é o livro que está a ser lido para a tertúlia que se realizará no dia 22 às 14h30, na biblioteca escolar.

Finalmente, aos colegas de português, sugerimos, ainda, uma tarefa de escrita criativa a realizar, se assim o entenderem, durante a semana.





13 de novembro de 2023

Conhecer a BE - Resultados (MIBE)



Ao longo de duas semanas, as turmas do 7.º ano participaram na atividade - Conhecer a BE - proposta pela biblioteca escolar, no âmbito do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares (MIBE).Para conhecerem um pouco melhor o funcionamento e o espaço biblioteca, os alunos tinham como tarefa responder a um questionário.
A  todos os alunos participantes, muitos parabéns pela participação e entusiasmo demonstrados. 


Os vencedores, por turma, foram os seguintes:

7.º A - grupo constituído por Artur Qiu, Diogo Silva, Cristhyan Baptista e Aleksandr Paulyukun - 81 pontos

7.º B - grupo constituído por Constança Matos, Benedita Colaço, Leonor Gomes e Luana Santos - 90 pontos

7.º C - grupo constituído por Elisa Zhou, Soraia Cordeiro, Laura Figueiredo e Rita Frade - 88 pontos

7.º D - grupo constituído por Maria Eduarda Costa, Bárbara Veríssimo, Mohamed Abdelli e Paulo Santos - 90 pontos

7.º E - grupo constituído por Sara Santos, Stephany Soares, Maria Rita Mira e Beatriz Martins - 70 pontos


7.º F - grupo constituído por Rafael Oliveira, Francisco Cruz e Bryan Dias - 60 pontos


Todos estes alunos receberam um miminho como recompensa. 




Conhecer a BE (MIBE)



No âmbito do Mês Internacional da Biblioteca Escolar (MIBE) e para assinalar o Dia da Biblioteca Escolar (23 de outubro), as seis turmas do 7.º ano, dirigiram-se à biblioteca escolar acompanhadas pelas docentes de Cidadania e Desenvolvimento, em sessões individuais para realizarem um jogo, do género "caça à informação": Bibliotablet - Conhecer a BE.
Os alunos, em pequenos grupos, responderam a um questionário sobre o funcionamento da BE, o espaço, a equipa, e ainda sobre livros (sugestões, novidades), filmes, autores, jornais, personalidades...
Foi um momento divertido e de descoberta e de competição.


       

       

      

        



12 de novembro de 2023

Retrospetiva (MIBE) - Apresentação de 𝐒ú𝐛𝐢𝐭𝐨

No dia 17 de outubro, na biblioteca escolar, jorraram PALAVRAS. Palavra?
Umas ditas, outras lidas. Palavras amigas, sentidas, trocadas, saboreadas, poéticas pela voz doce e encantadora de Ana Zorrinho.
Quatro turmas assistiram à apresentação de Súbito, o seu último livro de poesia. Durante a sessão, as suas palavras ecoaram e cativaram os presentes e delas, das ditas, tiraram ensinamentos, das lidas, enlevo!  De todas, algumas ideias para futuros trabalhos de arte! 
Bem haja Ana Zorrinho pelo sorriso, pela disponibilidade e pelas PALAVRAS.


____________súbito


Viajámos
Em súbito ímpeto de amar
Escalada sem (h)a ver chão
Num único fôlego
Súbito
Ímpeto
Um

a querer outro
Os dois
Sós
A quererem(-se)?
Não estar
Só...
E foi só
Queda
Súbito...Ímpeto.





 







11 de novembro de 2023

Retrospetiva - Um livro, uma comunidade (MIBE)



No dia 25 de outubro, realizou-se mais uma tertúlia, a primeira deste ano letivo e a integrar o programa do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares (MIBE).
O tema desta sessão recaiu sobre romances  que viraram filmes (adaptações). Estiveram presentes 22 tertuliantes: oito alunos, dois funcionários, dez docentes, uma psicóloga e uma ex-professora. Como foram lidos livros diferentes (ver apresentação abaixo) a conversa foi muito e animada e motivadora para novas leituras  e  para os novos "tertuliantes" as opiniões e as "leituras" apresentadas tornaram-se  muito positivas na medida em que descobriram novos autores. Como já é habitual, finalizou-se a tertúlia com chá e bolinhos.

Para a tertúlia de novembro, a realizar na Semana da Escola, vamos ler, como habitualmente, um livro do patrono, ficou decidido que seria Uma Existência de Papel.



Livros lidos e apresentados 





Opinião

O Sentido do Fim, de Julian Barnes

Eram muitas as expectativas, pois foi-me recomendado por gente que aprecia bons livros. Não desiludiu. Pelo contrário, 𝑶 𝑺𝒆𝒏𝒕𝒊𝒅𝒐 𝒅𝒐 𝑭𝒊𝒎 deixou marcas e vontade de ler outros. Já tinha lido 𝑶 𝑷𝒂𝒑𝒂𝒈𝒂𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝑭𝒍𝒂𝒖𝒃𝒆𝒓𝒕, também muito bom, mas este supera-o pelas reflexões que incute e no vazio que deixa no leitor.

O protagonista, Tony Webster, já aposentado, recebe uma missiva que, ao lê-la, vai desencadear um rememorar de todo o seu passado. O tempo da sua juventude com colegas, amigos e namoradas; o casamento, o divórcio,… É o balanço de toda uma vida e que no final não se revela nada positivo.
O teor da carta vai revelar-se surpreendente e enigmático. À medida que vai desvendando o mistério da carta e que não vou revelar, as memórias adensam-se e percebe que cometeu erros que já não consegue nem poderá emendar.
“Se já não posso ter a certeza dos factos reais, posso ao menos ser fiel às impressões que esses factos deixaram. É o melhor que consigo fazer.” (p. 12)

É na condução da apresentação das situações e da reflexão que cada uma espoleta no protagonista, que Julian Barnes, é exímio.
Escrito na primeira pessoa, e com recurso a uma analepse de mais de 40 anos, esta narrativa prende e inquieta o leitor desde o início. A escrita, sublime, sensível e profunda, que tão bem patenteia o estado de espírito e o pensamento do protagonista, vai impor-se ao leitor que a lê avidamente numa ânsia pela descoberta do final como para libertar o protagonista da agitação e da dúvida que o consomem.

Barnes dá-nos uma lição brutal sobre a importância do tempo que tece falhas na memória à medida que o homem envelhece. Na narrativa, ele desenvolve o tema da morte, foca-se nas circunstâncias e naquilo que ficou na memória do protagonista, para o (nos) levar a concluir que a “vida não é só adição e subtração. Também há acumulação, multiplicação da perda, do fracasso” (p. 108) e remorso.

Recomendo vivamente a leitura deste livro. Para convencer os ainda renitentes transcrevo um excerto, que considero sublime, e que sintetiza o entendimento de Barnes sobre a irreversibilidade do tempo ao longo da vida: “Vivemos no tempo – ele contém-nos e molda-nos – mas nunca senti que o compreendesse muito bem. E não me refiro a teorias sobre o modo como cede, recua e dá meia volta, ou poderá existir algures em versões paralelas. Não, falo do tempo comum, quotidiano, que os relógios de pulso e de parede nos garantem passar regularmente. Existe algo mais plausível do que um ponteiro de segundos? E todavia basta a menor dor ou prazer para nos ensinar a maleabilidade do tempo. Há emoções que o aceleram, há outras que o abrandam. Às vezes parece desaparecer – até ao ponto em que desaparece mesmo, para nunca mais voltar. (p. 12)


Graciosa Reis


5 de novembro de 2023

Retrospetiva - Dia Mundial do Animal (MIBE)

 

CRASSA & ESPAB: juntos pelos animais selvagens

 Aprender a fazer a diferença

No dia 9 de Outubro, a ESPAB recebeu a visita da bióloga Carolina Nunes e da veterinária Andreia Gonçalves para apresentarem aos alunos o Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André (CRASSA) e explicar qual a sua missão. Esta iniciativa teve como enquadramento o Dia Mundial do Animal (4 de outubro), data que a ESPAB, com a colaboração do CRASSA, pretendeu assinalar de forma diferente para sensibilizar os alunos para a diversidade das espécies selvagens na nossa área.

A palestra teve lugar na Biblioteca Escolar e contou com a participação de três turma, 8.ºB, 8.ºF e 10.ºA. 

Diferença entre animais domésticos e animais selvagens

A bióloga do CRASSA desafiou os alunos a apresentarem a sua opinião acerca da diferença entre animais domésticos e animais selvagens. Os alunos foram muito participativos e intervieram de forma muito positiva, apresentando, até, exemplos.

Com este desafio, a bióloga Carolina Nunes quis mostrar aos alunos que os animais selvagens são diferentes dos animais domésticos, mas que, por vários motivos, também adoecem, ficam feridos e precisam de cuidados médicos. Por vezes, esses animais podem ser feridos por outros animais de outras espécies, predadores, ou podem ficar feridos devido à ação, intencional ou não, do homem: atropelamento, colisão com veículos, envenenamento, caça. Estes animais devem ser tratados de forma diferente, num hospital próprio para as suas características.

Como agir se encontrar um animal ferido?

A bióloga Carolina Nunes elucidou os alunos acerca de como agir caso encontrem um animal selvagem ferido, a precisar de ajuda, informando que podem pedir a colaboração da G.N.R, através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA). Poderão, também, contactar o CRASSA ou dirigir-se às suas instalações. Neste ponto, a bióloga Carolina Nunes explicou aos alunos onde se localiza o CRASSA, quais os seus contactos e falou acerca da missão de todas as pessoas envolvidas nesta causa, uma equipa que conta também com a ajuda de alguns voluntários.

A veterinária Andreia Gonçalves mostrou, exemplificando, como se deve fazer a aproximação a um animal ferido e como o imobilizar para, depois, o levar para ser socorrido. Trouxe consigo uma caixa onde estaria, na expectativa dos alunos, um animal selvagem. Afinal, o exemplar era um pato de peluche. A veterinária explicou que os animais selvagens, fora do contexto do seu ambiente e habitat, ficam nervosos e até, por vezes, agressivos, motivo pelo qual não foi possível levar um animal para a atividade. Ainda assim, e mesmo com o pato de peluche, os alunos ficaram esclarecidos em relação à forma como devem, com recurso a uma toalha ou pano, segurar num animal selvagem e acomodá-lo numa caixa de transporte para, depois, serem levados para observação.

Os animais do CRASSA: regimes alimentares e especificidades

O CRASSA recebe vários animais, de espécies diferentes, mas os que mais frequentemente chegam ao Centro para serem tratados e reabilitados são aves, como por exemplo, gaivotas, cegonhas, águias, corujas, Bufo Real, Noitibó. De acordo com a bióloga Carolina Nunes, o CRASSA também acolhe ouriços-cacheiros, raposas, lebres e outras espécies.

Uma vez que o CRASSA acolhe animais de diferentes espécies, há a necessidade de adaptar a alimentação e a dieta dos animais às suas características.

A bióloga Carolina Nunes e a veterinária Andreia Gonçalves trouxeram consigo algumas amostras de comida para que os alunos, que estavam muito curiosos, pudessem ver alguns exemplos de alimentos que fazem parte do cardápio dos animais em recuperação. Até ficaram a saber que o ouriço-cacheiro se alimenta de frutas e insetos e que pode comer patê húmido para cão ou gato.

Para além de algumas amostras de alimentos, os alunos tiveram também oportunidade de ver exemplares de penas de algumas aves e observar o bico de uma cegonha.

Tratamento e estímulos de comportamento naturais

De acordo com a bióloga Carolina Nunes, quando os diferentes animais chegam ao CRASSA para serem assistidos, devem receber tratamento adequado à sua situação. Esse tratamento pode passar por administração de medicação, cirurgia, aplicação de talas e ligaduras, fisioterapia.

Enquanto os animais estão em recuperação é importante, esclareceu a bióloga, que estes se sintam como se estivessem no seu habitat natural. Nem sempre é fácil, mas a equipa do CRASSA tenta ao máximo recriar o habitat natural das diferentes espécies, de modo a que estas possam manter, dentro do possível, os mesmos comportamentos. Quando o CRASSA acolhe crias que ficaram órfãs, também é preciso todo um trabalho de reeducação de maneira a que elas desenvolvam os seus instintos básicos, aprendam a caçar, a procurar alimento e aprendam a se defender e proteger para que, quando forem devolvidas à natureza, consigam sobreviver.

Como ajudar os animais e como ajudar o CRASSA?

Para evitar que os animais fiquem feridos e a necessitar de assistência, há alguns comportamentos que o indivíduo pode adotar, como por exemplo: reciclar e não poluir, não utilizar pesticidas, conduzir com cuidado, plantar espécies autóctones para criar abrigo e alimento, organizar ações de limpeza de praias e outros habitats.

O CRASSA ajuda muitos animais ao nível dos tratamentos e reabilitação e, como tal, também o próprio centro precisa de ajuda para poder a continuar a sua missão. A bióloga Carolina Nunes explicou aos alunos como eles e toda a comunidade poderão ajudar o CRASSA: através de voluntariado, por exemplo. Todos juntos, conseguimos fazer mais pelos animais. Através de donativos, o CRASSA precisa de produtos de limpeza para manter o espaço limpo e desinfetado (sacos do lixo, rolo de cozinha, luvas descartáveis, spray desinfetante, lixívia) e de material hospitalar, como Betadine, compressas, ligaduras.

Também é possível ajudar através do apadrinhamento de um animal, contribuindo para seu processo de recuperação. Os padrinhos podem, depois, assistir e participar na devolução do animal à natureza.

A atividade desenvolvida na ESPAB em colaboração com o CRASSA foi interessante, proporcionando aos alunos mais conhecimentos em relação a como agir face a um animal selvagem ferido e sensibilizando-os para a importância do respeito pela biodiversidade e para o seu papel enquanto cidadãos conscientes e interventivos.

A Biblioteca Escolar, em parceria com outros grupos disciplinares e com toda a comunidade educativa, irá desenvolver mais iniciativas no enquadramento da preservação da vida selvagem, pois a ensinar e a consciencializar, estamos a ajudar.


Texto escrito pelos alunos do 8.ºB, sob orientação da docente de Português. 


 

                                       

            

                  



17 de outubro de 2023

Conhecer a BE (MIBE)


No dia 17 de outubro, daremos início à já habitual atividade "Conhecer a BE" que permitirá que os alunos do 7.º ano descubram de forma lúdica as pessoas que trabalham na biblioteca, bem como os espaços, e as normas de funcionamento.

Numa aula de Cidadania e Desenvolvimento os alunos deslocar-se-ão à biblioteca para, em pequenos grupos, realizar a atividade.



12 de outubro de 2023

Súbito com Ana Zorrinho (MIBE)

No dia 17 de outubro, pelas 10h30, a autora Ana Zorrinho estará presente na nossa biblioteca escolar para conversar com alguns alunos sobre Súbito, o seu novo livro.






10 de outubro de 2023

Um Livro, Uma Comunidade - Tertúlia literária (MIBE)

Aproxima-se mais uma tertúlia literária. A primeira deste ano letivo, integrada no programa do Mês Internacional da Biblioteca Escolar (MIBE). 
Desta vez, falaremos de livros que deram em filmes (adaptações cinematográficas).
Sintam-se convidados!






9 de outubro de 2023

Dia Mundial do Animal (MIBE)


Para assinalar o Dia Mundial do Animal (4 de outubro), na segunda feira, dia 9, pelas 11h15, alunos de três turmas (10.º A, 8.º B e 8.º F) vão conversar com a bióloga Carolina Nunes sobre o Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André (CRASSA) bem como decidir as atividades que iremos desenvolver, em parceria, ao longo do ano. 



3 de outubro de 2023

Livros que deram filmes

 Apresentamos algumas sugestões de leitura para a tertúlia literária a realizar no dia 25 de outubro, às 14h30 na biblioteca escolar.

13 de junho de 2023

Hoje é dia de recordar Al Berto

 


no exíguo espaço do corpo ou da casa
tentas perpetuar a forma dos dos brinquedos acesos
por um misterioso cordel de poeira luminosa

sabes como é falso o tempo das imagens
dos gestos inacabados que te evocam o rosto
perdido no confuso sémen dos sonhos

e ao anoitecer adquires nome de ilha ou de vulcão
deixas viver sobre a pele uma criança de lume
e na fria lava da noite ensinas ao corpo
a paciência o amor o abandono das palavras
o silêncio
e a difícil arte da melancolia

Al Berto, in o livro dos regressos


4 de junho de 2023

Balanço de uma professora bibliotecária sobre a 16.ª edição do CNL


Quem me conhece pessoal e profissionalmente e quem me acompanha nas redes sociais sabe que sou uma entusiasta da promoção da leitura. Leio com prazer, partilho e publico leituras e opiniões, sugiro autores e livros, promovo tertúlias, atividades de leitura, convido autores, participo em clubes de leitura, envolvo os alunos a participar em concursos de leitura. Por tudo isto, não posso calar o que senti e o que presenciei na fase final desta edição do Concurso Nacional de leitura (CNL)!
Comecemos pelo início, já que se trata de um balanço.

O CNL promovido pelo Plano Nacional de Leitura (PNL) desenvolve-se em várias fases: escolar, municipal, intermunicipal e nacional. Os professores bibliotecários em articulação com os professores titulares e/ou professores de português empenham-se, ao longo do ano, em motivar, apoiar e envolver os alunos na leitura, para não falar de toda a burocracia inerente ao evento. Todos nos envolvemos com agrado e sentimos orgulho cada vez que um dos nossos alunos lê publicamente e, ainda mais, quando passa à fase seguinte. Vivemos e partilhamos emoções fortes! Nunca nos consideramos derrotados. Participar é sempre uma conquista!

Em relação às três primeiras fases, não me vou alongar, até porque já me pronunciei sobre uma delas, quero apenas referir e destacar que nestas fases houve festa da Leitura!
Não concordando eu, e é uma opinião muito pessoal, que a prova escrita seja critério de eliminação, o que aconteceu na fase intermunicipal, consigo compreender e aceitar este critério, uma vez que os alunos apurados para esta fase realizaram a prova em circunstâncias de equidade, ou seja, estiveram todos numa sala a resolver a prova, entregues a si próprios, na presença de vigilantes imparciais.

Quanto à prova nacional, a que me leva a fazer este longo balanço, é constituída por três provas: a prova escrita, a prova de vídeo e a prova de palco e destina-se aos alunos apurados na fase intermunicipal.

A prova escrita, tal como na fase intermunicipal, foi de pré-seleção, isto é, eliminatória. No dia 15 de maio, às 14h00 as alunas envolvidas realizaram a dita prova, em linha, na presença da professora bibliotecária (eu, no caso). E é aqui que começa a minha contestação. Não considero que a prova tenha sido realizada em linha, mas sim no digital. As alunas acederam à prova no GoogleForms, preencheram os dados, redigiram o texto solicitado e submeteram. As alunas , sob a minha vigilância, redigiram de forma autónoma e responsável o texto solicitado, mas será que foi assim em todas as escolas? Como se pode garantir a equidade? Como se pode garantir que os textos foram mesmo redigidos pelos alunos? A dúvida subsistirá sempre na minha mente, sobretudo depois de ter assistido à final, em Torres Vedras.
A prova de vídeo foi uma desilusão. A votação em linha, no Youtube, dos vídeos selecionados tornou a iniciativa num logro. Mas, provavelmente, que o problema está em mim e na minha escola que não soube votar na sua candidata. Contudo, nada me impede de questionar a seriedade da votação.

Finalmente, chegou o dia da tão desejada prova de palco. Todos os alunos finalistas (do primeiro ciclo ao ensino secundário), professores bibliotecários e pais se dirigiram ao local dos sonhos! Todos os alunos presentes ambicionavam subir ao palco e ler, celebrar a leitura!
Ciclo a ciclo, José Carlos Malato, o apresentador, chama os alunos apurados. Aqueles que foram apurados a partir da tal prova escrita realizada em condições muito sui generis.
Foi uma desilusão. Certamente que há melhores alunos leitores nas nossas escolas!
Na minha opinião, o que deveria ser uma Festa da LEITURA, tornou-se, nesta edição, numa Feira de enganos! Tanta desilusão! Tanto desconforto! Tanta desorganização! (não quero debruçar-me sobre a (des)organização do evento local, porque tornaria este texto ainda mais longo).
Até o senhor Presidente da República preferiu marcar presença na Feira da Agricultura em detrimento da Festa da Leitura. Sabe-se lá porquê!
Não podemos esquecer que estamos a formar crianças e jovens, a transmitir valores, a promover e a desenvolver hábitos de leitura! Assaltaram-me muitas dúvidas que gostaria de não ter nas próximas edições.
Para terminar, e porque pretendo realçar a importância da Leitura, quero destacar o envolvimento e o empenho dos nossos alunos ao longo das diversas fases, mas, em especial, das alunas presentes na fase final, a Margarida e a Sara. Foi um percurso longo, que lhes facultou aprendizagens de vária ordem, boas e más. Não subiram ao palco, mas garanto que desenvolveram um trabalho honesto e sério. Foram elas que escreveram o texto da prova escrita. Foram elas que escolheram o livro, prepararam a apresentação e realizaram o vídeo. Foram elas, ainda, que selecionaram a obra e redigiram a argumentação para a prova de palco. Uma escolheu um poema de Alberto Caeiro/Fernando Pessoa e a outra, um poema de Al Berto. As professoras apenas orientaram e deram sugestões de melhoria. Garanto-vos que não contribuíram para a feira de enganos! E garanto-vos, também, que são ambas excelentes leitoras!

Assim, Margarida e Sara dou-vos os Parabéns! Continuem a alimentar os vossos sonhos! Permaneçam fiéis às vossas convicções. Leiam, sejam curiosas e críticas! Para mim, sois as grandes vencedoras deste concurso.

Graciosa Reis, professora bibliotecária





2 de junho de 2023

Final do Concurso Leituras na Planície


Na terça-feira, dia 30, foi um dia mágico! Um dia de muitas e excelentes leituras! O concelho de Sines esteve muito bem representado com quatro alunos na lindíssima Biblioteca Pública de Évora onde decorreu a final do Concurso de Leitura Expressiva, Leituras na Planície.
Em representação da nossa escola, participou a nossa aluna do décimo ano, Sara Moreira que leu muitíssimo bem, obtendo o primeiro lugar. Já não é a primeira vez que a Sara sai vencedora deste certame.
Parabéns, a todos os alunos leitores que amam e se dedicam com entusiamo à leitura.
Parabéns, à Carolina, ao Mateus e à Laura que tão bem representaram o Agrupamento de Escolas de Sines.
Parabéns, à nossa Sara, aluna dedicada e amante da leitura e dos livros.
Foi uma festa linda de partilha, de convívio, de sorrisos francos e de muitas LEITURAS!









1 de junho de 2023

Encontro com o escritor João Pinto Coelho

 

No dia 26 de maio, alunos, professores e assistentes encheram a biblioteca escolar para ouvirem e conversarem com o nosso convidado, o escritor João Pinto Coelho.
Joaquim Gonçalves, o livreiro de A das Artes, que inspirou o autor na criação da personagem Yankel, o livreiro de Os Loucos da Rua Mazur, abriu a sessão. O Joaquim foi um dos primeiros leitores a acreditar na potencialidade da escrita do João Pinto Coelho, tendo-o convidado para promover e falar dos seus livros na sua livraria.

Foram cerca de duas horas de conversa. O João como excelente comunicador, deu-nos a todos uma verdadeira aula de História. Foi enriquecedor e emotivo o relato do seu percurso de investigação sobre o Holocausto, sobre a universalidade do mal, ou como referiu Hannah Arendt, sobre a banalidade do mal. Foi este conhecimento apurado dos factos que lhe permitiu escrever de forma sublime, na minha opinião, os seus três primeiros livros que abordam esta temática.
Ficamos também a saber que o seu quarto livro, Mãe doce mar, não segue este tema e é um misto de autobiográfico e ficção.

Após a conversa, houve autógrafos e algumas fotografias.

Agradecemos ao João Pinto Coelho a sua simpatia e disponibilidade. As opiniões foram muito positivas e conquistou mais alguns leitores.